O debate da Band, ontem(16), entre Lula Jair Bolsonaro houve um equilíbrio. Se o petista se saiu bem no primeiro bloco, quando a temática foi pandemia, o presidente soube enquadrar o adversário quando o assunto em discussão foi corrupção.
Lula sempre perde o humor quando a questão ética e moral vira o cerne do enfrentamento. Foi assim no primeiro turno, tanto na mesma Band, quanto no último, na Globo. O que Lula queria era detonar Bolsonaro para ampliar a dianteira que o separa do atual presidente e candidato à reeleição, mas pelo menos com o debate de ontem isso não foi possível.
O debate na Band foi uma reprodução dos ataques que se observam na propaganda eleitoral no rádio e na televisão nesta guerra que se transformou o segundo turno da eleição presidencial.
A justiça eleitoral já mandou suspender os vídeos mais agressivos e contundentes de um contra o outro. O mais polêmico, da acusação de pedofilia, deixou Bolsonaro desconcertado. Ele tem dito que foi a maior agressão já sofrida até hoje, sob a alegação de que sua grande preocupação é zelar pela família e os bons costumes.
Esta e a próxima serão semanas decisivas. A distância de Lula para Bolsonaro já se reduziu bastante. O presidente leva a vantagem de ter o apoio dos governadores dos três maiores colégios eleitorais – São Paulo, Minas e Rio. Mas Lula tem um voto cristalizado nas camadas mais pobres e sofridas da população, segmentos que decidem uma eleição apertada para onde pender.
O jogo está ficando bom, emocionante. Eleição boa é eleição disputada voto a voto. Quando um candidato se distancia muito do outro tudo perde a graça. Eleição boa é um como um Fla X Flu.
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