TJRN MANTÉM PRISÃO DE WENDEL LAGARTIXA E MANDA PRENDER OUTROS INTEGRANTES DE SUPOSTO GRUPO DE EXTERMÍNIO
O policial militar reformado Wendel Lagartixa teve a prisão mantida nesta quinta-feira pela Justiça do Rio Grande do Norte. Além dele, dois ex-policiais militares e uma quarta pessoa deverão ficar presos.
Acusados de integrar um grupo de extermínio, eles tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça (TJRN) no curso da operação “Aqueronte”, deflagrada para prender os envolvidos em um sêxtuplo homicídio, sendo três consumados e três tentados, que aconteceu dia 29 de abril de 2022, no bairro da Redinha, na zona Norte de Natal.
Eleito deputado estadual em 2022, mas impedido de tomar posse por decisão da Justiça Eleitoral, Wendel Lagartixa está preso na Bahia desde maio do ano passado. Ele estava a caminho do Rio Grande do Sul quando foi detido por posse ilegal de arma. Depois, ele foi absolvido dessa acusação, mas permaneceu preso por força do mandado da Justiça potiguar.
Por maioria, a Câmara Criminal acatou um pedido do Ministério Público e manteve a prisão preventiva de Wendel Lagartixa e decretar a prisão de Francisco Rogério da Cruz, João Maria da Costa Peixoto e Roldão Ricardo dos Santos Neto.
Conforme a decisão, “não é possível se extrair prova induvidosa a respaldar desde logo a pauta defensiva, centrada na ideia de que no momento dos homicídios os recorridos se achavam noutro lugar, até porque, repito, os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa se contrapõem com as imagens captadas e anexadas aos autos”.
RELEMBRE.
A operação Aqueronte foi comandada pela equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo as investigações, o crime, que gerou três mortes, foi cometido sem que as vítimas pudessem se defender e numa ação típica de milícia privada ou grupo de extermínio, o que agrava a pena.
Ainda de acordo com as investigações, em 29 de abril de 2022, os denunciados chegaram no Bar Torú, encapuzados, armados com pistola e escopeta calibre .12., mataram o proprietário do estabelecimento, Rommenigge Camilo dos Santos, e outras duas pessoas, um ajudante de cozinha e um servente de pedreiro. O grupo denunciado deixou feridas mais três vítimas, o que configura o crime de homicídio tentado.
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