O Rio Grande do Norte tem 302 parques eólicos atualmente em operação. A produção das turbinas eólicas gera hoje 9,9 GW (gigawatts) de energia, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A potência outorgada coloca as usinas potiguares na liderança nacional do segmento, o que representa 32% de toda a produção eólica de todo o país.
Hoje, o Brasil tem 1.054 parques eólicos em operação, que somam 30,9 GW de capacidade instalada em operação comercial. Desse total, o Nordeste responde por 85%.
Segundo dados do Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, o estado ganhou 13 novos parques eólicos em 2024.
Além disso, o estado tem outros 82 empreendimentos em desenvolvimento, com 3,21 GW de potência outorgada, que consiste na potência em construção ou ainda não construída.
Entre as novas unidades previstas para se instalar no Rio Grande do Norte está a elétrica chinesa State Power Investment Corporation (SPIC). A companhia anunciou um investimento de R$ 780 milhões na construção de dois novos parques eólicos em Touros. As estruturas terão uma capacidade instalada total de 105,4 megawatts (MW).
Os parques Paraíso Farol e Pedra Amolar terão sua energia comercializada no mercado livre. As obras estão previstas para começar até janeiro de 2025, com operação prevista para o ano seguinte.
A SPIC também inaugurou dois empreendimentos solares, localizados no Piauí e no Ceará, com uma capacidade total de 738 megawatts-pico (MWp). A SPIC é a principal investidora, com 70% de participação nos projetos adquiridos da Recurrent Energy em 2022.
Os projetos, nomeados Marangatu e Panati, receberam um investimento de R$ 2 bilhões. Cerca de 65% da energia já foi comercializada em contratos de longo prazo, com o restante sendo negociado em contratos mais curtos.
Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, destacou que os novos projetos refletem o compromisso da empresa com o Brasil e as fontes renováveis de energia. A SPIC possui aproximadamente 3,8 mil MW de capacidade instalada de ativos em operação no Brasil, incluindo a usina hidrelétrica de São Simão, parques eólicos na Paraíba e o complexo termelétrico Gás Natural Açu (GNA), do qual tem 33% de participação.
A SPIC planeja continuar expandindo no Brasil através de novos projetos em desenvolvimento e construção, bem como pela aquisição de ativos já operacionais. Waltrick comentou sobre o cenário atual de preços baixos de energia, mencionando que a empresa está focada no longo prazo para superar essas dificuldades.
A SPIC aguarda novidades do governo sobre leilões previstos para este ano, que deverão contratar reserva de potência para o sistema elétrico e também energia nova. A empresa está pronta para adicionar duas novas turbinas, cada uma com 372 MW, na hidrelétrica de São Simão, dependendo das regras que serão publicadas.
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