Da Veja
O PT já homologou quem serão os seus candidatos em 15 das 26 capitais brasileiras onde haverá eleição a prefeito, sendo que em três delas apoiará nomes de outros partidos: São Paulo (Guilherme Boulos, do PSOL), Salvador (Geraldo Júnior, do MDB) e Rio Branco (Marcus Alexandre, do MDB). A grande dificuldade do partido está concentrada no Norte e, ironicamente, no Nordeste, a única região que deu vitória a Lula contra Jair Bolsonaro em 2022.
O partido já definiu candidatos próprios em doze capitais. Veja a lista:
Belo Horizonte: Rogério Correia
Porto Alegre: Maria do Rosário
Vitória: João Coser
Goiânia: Adriana Accorsi
Maceió: Ricardo Barbosa
Manaus: Marcelo Ramos
Fortaleza: Evandro Leitão
Campo Grande: Camila Jara
Cuiabá: Lúdio Cabral
Teresina: Fábio Novo
Natal: Natália Bonavides
Florianópolis: Lela Farias
Entre as onze capitais onde o partido ainda não decidiu qual será o seu candidato ou o nome de outro partido que irá apoiar, cinco estão na região Norte (Belém, Boa Vista, Porto Velho, Palmas e Macapá) e quatro no Nordeste (Recife, João Pessoa, São Luís e Aracaju). Outras duas onde ainda há indefinição são Curitiba e Rio de Janeiro.
Vaga de vice
Tanto no Rio de Janeiro quanto em Recife, o PT está muito perto de apoiar a reeleição dos atuais prefeitos – Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB), respectivamente –, mas negocia ainda a vaga de vice nos dois casos. O posto é estratégico porque tanto Paes quanto Campos deverão sair candidatos ao governo do estado em 2026, o que deixaria a prefeitura por dois anos nas mãos do vice-prefeito.
Um detalhe curioso é que o PT já tem um vice-prefeito em capital, com Edilson Moura, em Belém, mas lá ainda não fechou o apoio à reeleição do prefeito Edmilson Gomes (PSOL), que tem baixa aprovação popular e terá de enfrentar a poderosa máquina do MDB no estado, comandada pelo governador Helder Barbalho, que tem alta popularidade.
Crise em Curitiba
Em Curitiba, a indefinição gerou uma crise interna no partido, já que o PT local quer lançar candidatura própria, mas sofreu intervenção da cúpula da sigla, que tomou para si a prerrogativa de definir o candidato na cidade — a preferência da direção nacional é pelo apoio ao ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), que está mais bem colocado nas pesquisas do que qualquer petista.
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