Do Valor Econômico
A semana começa, mas ainda persiste a indefinição que marcou os últimos dias sobre como vai ficar o comando da Petrobras. Diante das incertezas, é possível que as ações da empresa ainda oscilem, como ocorreu na quinta-feira (4), dia em que o papel alternou momentos de altas e baixas na bolsa em um mesmo pregão.
Neste domingo (7) circularam informações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia convocado reunião para tratar de Petrobras no Palácio da Alvorada, em Brasília. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foram convocados para o encontro juntamente com o ministro Paulo Pimenta, da Secom. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não foi chamado.
Haddad chegou até a antecipar a volta para Brasília para participar da reunião, marcada para às 20h, mas a reunião terminou cancelada. O Valor apurou que o motivo do cancelamento foi o vazamento da reunião, que era para ser feita em caráter “reservado”, disse uma fonte próxima das discussões.
Na agenda oficial, consta encontro de Haddad com Lula hoje, às 18h. O assunto Petrobras tende novamente a dominar a agenda política e econômica da semana.
O domingo foi marcado por informações contraditórias sobre a permanência de Prates na Petrobras. Quando tornou-se público que Lula havia marcado a reunião com os ministros, sem a presença de Prates, ganhou força a versão segundo a qual o presidente da petroleira poderia ser demitido no fim do dia de ontem mesmo.
A versão apoia-se em todo um contexto que ganhou força nos últimos dias à medida em que aprofundou-se a crise no comando da estatal. Nos bastidores, as informações são de que a própria diretoria de Prates na empresa já não acreditava mais na permanência dele no cargo.
Mas, ao mesmo tempo, antes das 20h de domingo, horário marcado por Lula para a reunião com os ministros, surgiu outra versão segundo a qual Prates poderia ser mantido como CEO da Petrobras, hipótese que muitos consideram remota.
O próprio Silveira, principal desafeto de Prates, passaria a apoiar a permanência de Prates sob determinadas condições a serem cumpridas, entre as quais a que o presidente da Petrobras passe a defender as pautas do governo no conselho de administração da companhia.
Não fica claro neste momento como seria possível manter Prates na atual formatação do conselho ou como poderia se alinhar os interesses do MME e de Prates na alta administração da Petrobras, uma vez que até agora esses dois elementos foram como água e óleo, nunca se juntaram em prol do melhor interesse da companhia.
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