Quando se fala em Brasília, prefeitos experientes do Estado lembram logo dos ex-senadores Garibaldi Alves Filho e José Agripino Maia e, em especial, do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves.
Henrique Alves exerceu o mandato de deputado federal por 44 anos ininterruptos. Filho do saudoso ex-ministro e ex-governador Aluizio Alves, ele chegou ao Congresso em 1971 e, de lá, só saiu no início de 2015, após perder a disputa para o Governo do Estado do RN.
Com 11 mandatos, ele empata com o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães na segunda colocação entre os deputados com mais legislaturas.
Presidente da Câmara entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2015, Henrique Eduardo Alves foi também ministro do Turismo nas gestões dos presidentes Dilma Roussef e Michel Temer, sempre estando entre as figuras mais influentes do Congresso Nacional, o que sempre beneficiou o nosso Rio Grande do Norte.
Henrique aproveitava o bom trânsito e o respeito que tinha na capital federal para viabilizar grandes obras e liberar recursos para custeio dos combalidos municípios do RN.
Em Natal, destaca-se a ampliação do projeto de drenagem e importantes obras de mobilidade urbana na cidade (viadutos em torno da Arena das Dunas), deixadas para trás na gestão Micarla de Sousa e recuperadas por intervenção de Henrique, quando presidente da Câmara Federal, em 2013.
Henrique atuou, também, em prol do interior. Todos os municípios potiguares têm obras com o DNA da luta de Henrique. Em Mossoró, a duplicação de uma das suas principais avenidas, a Presidente Dutra, é resultado da luta do “abridor de portas”, apelido de Alves entre os prefeitos que vivenciaram gestões sob o peso da sua influência.
Hoje, esses mesmos agentes políticos reclamam da falta de prestígio da nossa bancada no cenário nacional. “Falta a forma firme e altiva de Henrique para tratar dos problemas dos nossos municípios quando estamos em Brasília”, disse-me um prefeito em um bate-papo no último fim de semana
Henrique Alves foi candidato à Câmara Federal na última eleição de 2022 e não obteve êxito. Enfrentou o “lavajatismo”, obteve absolvição e provou sua inocência em todas as acusações das quais foi vítima. Henrique, de fato, faz falta à política potiguar, em especial aos municípios.
De Saulo Spinelly (Agora RN)
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