As articulações com os deputados estaduais não vêm sendo tão proveitosas como em governos anteriores. O Governo Fátima Bezerra precisa mudar a tática e observar que o modelo ficou obsoleto. Em agosto, a governadora nomeou um novo secretário extraordinário de Gestão e Projetos Especiais: Adriano Gadelha. Seria justamente para melhorar o relacionamento com as instituições e os municípios. Os prefeitos estão cansados do modelo de serem atendidos e sem respostas.
Essa semana, por duas vezes, o Governo não consegue sequer o quórum para apreciar o recurso que trata sobre o parecer terminativo do projeto do ICMS para manter em 20%. Pelo regimento, precisa de quórum de 13 deputados para ser votado e o prazo limite para apreciação é hoje. Especula-se que o placar aponta para 14 votos contrários e 10 favoráveis à manutenção na alíquota. Por estratégia, a oposição também não deu quórum para a abertura da sessão e análise do recurso. Nos bastidores, emendas parlamentares tanto da base como da oposição não foram sequer liberadas compromissos de novembro. No interior, o PT tomou conta dos espaços de segundo e terceiros escalações. Somente os deputados Francisco do PT, Isolda Dantas e Divaneide Basílio não reclamam de terceirizados, por exemplo.
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa vai tocar fogo e não aceita sequer falar em recomposição da alíquota do ICMS para o baixar de 20%, para 19.5 ou 19%. O Governo sofrerá uma grande derrota, caso insista nesse projeto.
Se Fátima não conseguir recursos extras com o seu padrinho, presidente Lula da Silva o seu Governo pode entrar os primeiros meses de 2024 totalmente inviabilizado. Em reunião com sindicalistas na Governadoria, essa semana, o secretário estadual de Administração, Pedro Lopes, admitiu que sem aprovação do ICMS em 20%, o Governo não aguenta abril para atrasar os salários.
Do Agora RN
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