O deputado estadual Adjuto Dias (MDB) deixou no ar, em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM, que a governadora Fátima Bezerra (PT) tenta colocar a sociedade contra os deputados, quando responsabiliza a Assembléia pelo não reajuste dos servidores e suspensão de concursos públicos. Para quem não sabe, a chefe do executivo condicionou o andamento das negociações à aprovação do projeto que mantém a alíquota do ICMS em 20% por tempo indeterminado. Adjuto é ferrenhamente contra.
Ainda durante a entrevista, o parlamentar cravou sua decisão com relação ao projeto de lei citado acima. Ele votará contra e citou estudos realizados pelas federações da Indústria e do Comércio que apontam queda na atividade econômica após a entrada em vigor do reajuste temporário do ICMS em abril deste ano.
“O nosso país já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Sou contrário a qualquer aumento de imposto para a nossa sociedade. Inclusive, a Fiern e a Fecomércio estiveram na audiência pública na Assembleia. Eles apresentaram dados que (mostram que), os estados do Brasil que têm melhor desempenho econômico são os que têm menores alíquotas de ICMS. O fato é que o Rio Grande do Norte, quando aprovou o aumento dos 18% para 20%, teve uma queda no comércio varejista”, destacou Adjuto.
“Minha posição é muito clara e cristalina desde o primeiro momento em que assumi o nosso mandato, e se mantém. Torço para que o governo cumpra com seus compromissos, mas a Assembleia Legislativa não pode ser responsabilizada por algo que todos sabiam que ia acontecer. Todos sabiam que a alíquota iria diminuir”, finalizou o deputado estadual.
Reformulada
A governadora Fátima Bezerra (PT) já avisou que não aceita a devolução do projeto de lei que aumenta o ICMS para 20%. Mas também já disse que não quer perder. Seria uma derrota de gestão, e principalmente política. A equipe econômica já apresentou alternativas a Fátima, como fixar a alíquota do imposto em 19%, e por tempo determinado em vez de duração indefinida. A proposta que circula é de duração por três anos, isto é, até o fim da gestão da petista.
Do Agora RN
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