Com o intuito de compreender a realidade que esses jovens enfrentam, a pesquisa Perfil da Juventude Potiguar vai traçar o perfil dos potiguares entre 15 e 29 anos.
A pesquisa é realizada pelo Observatório da População Infanto-Juvenil em Contextos de Violência (OBIJUV), do Departamento de Psicologia da UFRN, e pela Agenda Jovem Fiocruz (AJF), em parceria com a Subsecretaria de Juventude do Rio Grande do Norte (SEJUV).
Ao abordar temas como cultura, educação, esporte, lazer, álcool, drogas e acesso à justiça, a pesquisa pretende qualificar as políticas públicas de juventude no Rio Grande do Norte (RN).
Para isso, foi formada uma equipe de oito pesquisadores, incluindo estudantes de graduação, de mestrado e de doutorado.
Segundo Ilana Paiva, coordenadora do projeto, a iniciativa é um marco na coleta e na análise de dados desse segmento.
“Essa pesquisa representa um esforço estadual, em busca de compreender o perfil e os desafios enfrentados pela juventude potiguar”, afirma.
Além de compreender essas realidades, o grupo busca fazer um grande mapeamento das dimensões relacionadas ao desenvolvimento pessoal e comunitário da juventude potiguar.
“A gente vai buscar analisar quais são os direitos aos quais essa juventude acessa, quais são as demandas que essa juventude coloca para o poder público, para a sociedade como um todo. Quais são as situações de violência, as experimentações, os principais medos, qual rede de apoio a juventude acessa, tentando entender isso não de uma forma generalizada, mas a partir da diversidade”, explica Ilana.
A estratégia utilizada pela equipe é a divulgação ampla do questionário, além de aplicações presenciais, especialmente em escolas, para jovens entre 15 e 18 anos. O documento pode ser respondido até o dia 31 de outubro.
“O conhecimento adquirido contribuirá de maneira crucial para a criação de políticas mais eficazes, promovendo o bem-estar e o desenvolvimento pleno dessa parcela fundamental da população”, pontua Ilana.
Ana Beatriz Sá, estudante bolsista do OBIJUV, afirma que a pesquisa possui uma grande relevância.
“A importância da pesquisa, principalmente pra gente que é estudante, pra gente que tá nas universidades, nas escolas, é traçar um perfil da juventude potiguar para conseguir pensar as políticas públicas e dar qualidade de vida, uma vida digna”, afirma Ana.
Após a validação territorial da pesquisa, a publicação dos resultados ocorrerá por meio de publicações acadêmicas e não acadêmicas. Além disso, a equipe afirma que vai trabalhar nas estratégias de divulgação.
“A gente está pensando em um fotolivro ou algo que possa apresentar esses resultados. Além disso, artigos científicos e outras formas de publicação que atinjam não só a comunidade acadêmica, mas também que possam chegar até a própria juventude”, conclui Ilana.
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