
Do Blog do Girotto:
Resumo: você está pagando a conta de um negócio entre amigos celebrado por Paulo Guedes, Roberto Castello Branco e a 3R Petroleum. Leia a reportagem e entenda o que acontece.
Toda vez que você para num posto de combustíveis no RN e pede que o frentista bote 50 reais de gasolina no tanque, está ajudando a pagar pelo lucrativo negócio que um clube de parceiros firmou para enriquecer a si e a seus investidores, tendo como estratégia a aquisição predatória dos ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte.
Refinaria subiu preços em 8,4% em apenas 43 dias
A política de preços da refinaria Clara Camarão – agora propriedade da 3R Petroleum – impacta diretamente no valor que você paga pela gasolina na bomba.
Quando a 3R assumiu a Clara Camarão, o litro da gasolina saía da refinaria por R$ 2,91. No último dia 20, a empresa anunciou novo reajuste, passando a cobrar R$ 3,08 por litro. Um aumento de 8,4% em apenas 43 dias, já que a 3R tomou posse da refinaria em 7 de junho deste ano.
A Agência Nacional de Agência do Petróleo (ANP) apontou que o preço médio da gasolina no estado estava em R$ 5,81, na semana passada – antes do impacto do novo reajuste feito pela 3R.
3R Petroleum domina mercado local
A venda da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) da Petrobras à 3R Petroleum foi um negócio escandaloso, contaminado por indícios de favorecimento e vícios procedimentais. Ao rigor da lei, o negócio sequer poderia ter sido concretizado e a 3R deveria ter sido punida (entenda o caso aqui e aqui).
A Clara Camarão é responsável pelo abastecimento do RN e sul do Ceará. Com capacidade para processar 6.000 m3/dia de óleo, a refinaria possui posição geográfica e infraestrutura que a tornam praticamente um monopólio no fornecimento de combustíveis para o RN.
Valendo-se das condições privilegiadas de concorrência, a a 3R Petroleum vem adotando uma agressiva política de otimização dos lucros da refinaria, elevando preços e reduzindo os investimentos em produção. O resultado disso, como se tem visto, é que o potiguar terá pagar pelo acordo entre amigos que sacramentou a venda do patrimônio da Petrobras no RN para uma empresa até então obscura e sem experiência de atuação na indústria do petróleo.
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