
O governo anunciou que, a partir do dia 1º de maio, o salário mínimo será reajustado de R$ 1.302 para R$ 1.320. No entanto, mesmo com a alta, especialistas afirmam que o valor não é suficiente para cobrir os custos da cesta básica.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em março deste ano, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.571,52, ou 5,05 vezes o valor do salário mínimo vigente.
Comparando com fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.547,58, o que corresponde a 5,03 vezes o salário mínimo. Já em relação a março de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.394,76 ou 5,28 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212.
Para adquirir os produtos alimentícios básicos, o trabalhador compromete, em média, 55,47% do salário mínimo líquido – após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social.
Diante dessa situação, muitos trabalhadores têm enfrentado dificuldades para sustentar suas famílias. Segundo o presidente do Dieese, Paulo Pereira da Silva, “o reajuste é sempre bem-vindo, mas é insuficiente para garantir o sustento de uma família”. Ele ainda ressalta que o ideal seria um salário mínimo que pudesse cobrir todas as despesas básicas da população.
O governo, por sua vez, alega que o reajuste é resultado da recuperação da economia e da inflação controlada. O valor do salário mínimo é definido a partir de uma fórmula que leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Apesar do reajuste, a situação dos trabalhadores continua preocupante, uma vez que o valor do salário mínimo não tem acompanhado o aumento dos preços dos produtos básicos.
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