O segundo governo Fátima Bezerra (PT) faz 100 dias nesta segunda-feira (10), mas tem pouco a comemorar. Desde 1º de janeiro enfrentou uma crise de insegurança pública, greve dos professores, ameaça de greve dos servidores da saúde e aumento de impostos e até denúncia por cometimento de crime de responsabilidade, que só não resultou em processo de impeachment, porque o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), rejeitou o pedido de afastamento feito pelo deputado federal Sargento Gonçalves (PL).
Ao contrário do aliado presidente Lula, que é do seu partido, ele já anunciou que reunirá o seu Ministério, na segunda, para anunciar um balanço de 100 dias de sua gestão e as ações que pretende implementar a partir de agora. A governadora Fátima Bezerra não informou, até o momento, se fará um balanço de sua gestão em 100 dias ou os planos futuros para o Rio Grande do Norte.
O que a governadora tem dito, como no dia em que entregou o balanço geral do Estado na Assembleia, na segunda-feira (3), “é que as finanças foram organizadas, colocamos em dia o pagamento dos servidores e o RN segue com saldo positivo. Isso é gestão com planejamento e seriedade”.
Depois de enfrentar uma crise de segurança, que começou em 14 de março quando se encontrava em visita a Ministérios, em Brasília, e a governadora teve de retornar às pressas a Natal, Fátima Bezerra precisa resolver o gargalo da implantação do piso salarial dos professores, que estão em greve desde 5 de março.
Sem acordo com o governo, os professores dão uma pausa nas negociações por causa da Semana Santas, mas já programam para terça-feira (11), quando a greve completa 36 dias, um ato público com caminhada até a Governadoria, no Centro Administrativo de Lagoa Nova. A concentração será a partir das 9 horas, na calçada do Midway Mall, em Lagoa Seca.
Já no dia seguinte, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) promove, a partir das 9 horas, assembleia de greve na Escola Estadual Winston Churrchill, na Cidade Alta.,
Os trabalhadores da área de saúde já aprovaram deflagração de greve para o dia 11, além da campanha salarial de 2023, pedem revisão da Lei de produtividade, o pagamento das perdas salariais, para ativos e aposentados no percentual de 21,87%, o cumprimento da data-base da categoria, pagamentos das perdas salarias, para ativos e aposentados, pagamentos dos Plantões Eventuais dentro do mês trabalhado, implementação e pagamento do Piso Salarial da Enfermagem e do Piso Salarial dos Técnicos em Radiologia.
No campo político, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa, com dez deputados, tenta reverter o reajuste do ICMS em 2% sobre os combustíveis, que passou de 18% para 20% no sábado (1º). Os parlamentares aguardam a leitura de um projeto de decreto legislativo na ordem dia para que, em seguida, suba às comissões e daí vá a deliberação no plenário da Casa.
Da Tribuna do Norte
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