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COM 78% DAS FAMÍLIAS ENDIVIDADAS, TAXA FICA ESTÁVEL EM MARÇO, APONTA PESQUISA

 


O total de famílias brasileiras com dívidas a pagar é de 78,3% em março, mesmo percentual registrado em fevereiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Desse total, 17,1% dos entrevistados disseram estar “muito endividados”, indicador que também está inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas. O levantamento é feito mensalmente com 18 mil consumidores de todas as regiões do país.

O índice de famílias com alguma dívida relacionada ao cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de habitação chegou a 79% em outubro e novembro do ano passado. Ainda que tenha sido registrada leve redução no comprometimento da renda, a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, ressalta que o percentual é preocupante.

“A gente tem hoje uma proporção mais alta de dívidas entre pessoas com faixa salarial mais baixa. No pós-pandemia, no entanto, também cresceu o endividamento para todos os grupos de renda, até mais para as famílias de maior aquisitivo, porque as pessoas foram retomando o consumo de itens e serviços, pagos geralmente pela modalidade cartão de crédito. O problema do alto endividamento das famílias é também a escassez de crédito e encarecimento desse crédito”, sustenta.

Quem tem dívidas atrasadas há mais tempo, segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência, em razão da alta dos juros. A proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, queda de um ponto percentual em relação a fevereiro. Em comparação à média trimestral, é o maior nível desde novembro de 2020.

A maior concentração de inadimplentes está nas regiões Norte e Nordeste, com 33,4% e 32,8% das famílias no vermelho, respectivamente. A média é superior a nacional, que ficou em 29,7% nos últimos doze meses, até março deste ano. O endividamento nestas regiões se concentra, em especial, em pessoas com renda de um a três salários-mínimos.

Por outro lado, o maior volume de dívidas é registrado nas regiões de maior renda per capita, não necessariamente por pessoas sem condições de pagamento. No Sul, 90,7% das famílias têm algum tipo de dívida e no Sudeste, 80,2%.

Mulheres mais endividadas

Conforme a pesquisa, em média, 79,7% das mulheres haviam contraído dívidas em março, ante 77,1% dos homens. Por outro lado, elas levam 62 dias para quitar os débitos e os homens 65 dias, em média.

Mesmo com renegociações feitas junto a instituições financeiras, a cada cem consumidores inadimplentes, 45 chegaram a março com dívidas atrasadas por mais de 90 dias. O tempo médio de atraso nos pagamentos foi de 62,6 dias.

A economista Izis Ferreira ainda destaca que houve redução da contratação de dívidas em março entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda da pesquisa, entre zero e três e de três a cinco salários-mínimos. Já nas faixas de maior renda — entre cinco e dez salários e para quem ganha mais de dez mínimos, a proporção de endividados cresceu, como reflexo do maior consumo de serviços por esse grupo.

O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu na margem para os dois grupos considerados mais pobres. Entre os fatores para isso, está o Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade.

Renda comprometida

O comprometimento da renda com dívidas de todos os brasileiros caiu para 29,9% dos rendimentos; a cada R$ 1.000 de renda, o consumidor gastou, em média, R$ 299 com o pagamento de dívidas em março. Esse valor é o menor desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19.

Por outro lado, mesmo com a desaceleração da concessão de crédito, há deterioração do perfil qualitativo dos recursos que estão sendo contratados com as instituições financeiras. As contratações de crédito estão concentradas e avançando nas modalidades de curto e curtíssimo prazo — cheque especial e cartão de crédito –, com os juros mais altos do mercado. No caso dos cartões, os juros do rotativo ultrapassam os 400% ao ano

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