Caso se confirme a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como banco do Brics (instituição financeira de fomento do bloco de países que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o salário pode ultrapassar os R$ 290 mil.
Segundo o último balanço divulgado pelo banco, em 2021, um total de US$ 4 milhões foram pagos aos integrantes da alta cúpula do Brics, composta por presidente e cinco vices. O documento não informa o montante pago a cada um dos executivos.
A título de simulação, em uma divisão igualitária entre cada membro, a remuneração de Dilma poderia ser superior US$ 55,55 mil ao mês, o que corresponde a R$ 290 mil (com a moeda americana cotada em R$ 5,22).
A conta é uma suposição, já que não se sabe o valor exato recebido por cada membro da diretoria da instituição, nem se o presidente recebe uma quantia maior em relação aos vices.
Se indicada pelo presidente Lula, e os sócios estrangeiros derem aval, Dilma fará parte do Key Management Personnel (KMP), ou Pessoal-Chave de Gestão (em tradução livre), do banco. Eles são definidos como aquelas pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das atividades da instituição, direta ou indiretamente.
Foi justamente Dilma a responsável pelo acordo de criação do Brics em 2014, durante a sexta cúpula do bloco. Caso assuma, ela deverá comandar a instituição até 2025. O atual presidente é o também brasileiro Marcos Troyjo.
Sede em Xangai
O NBD tem sede em Xangai, na China, e hoje é presidido pelo brasileiro Troyjo, que foi indicado ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deve deixar o cargo ainda neste mês.
A expectativa de fontes ligadas ao governo é de que a ex-presidente Dilma assuma o comando da instituição na China antes da realização da viagem de Lula para o país asiático.
Correio Braziliense
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