A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves - FOTO: AGENCIA BRASIL
O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) afirmou que nenhuma denúncia feita nos últimos 30 anos tem relação "às torturas citadas" pela recém eleita senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
De acordo com o MPF, de 2006 a 2015 quatro inquéritos, três civis e um policial, foram instaurados a partir de denúncias sobre tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 na Ilha de Marajó, no estado do Pará.
Nenhuma das denúncias apuradas mencionou as torturas citadas pela senadora no último sábado (8).
A Polícia Civil do Pará enviou ao UOL uma nota alegando que "não há nenhum registro referente aos modos de atuação descritos pela ex-ministra", e encaminhou um ofício pedindo documentos e mídias citadas por Damares para que a investigação fosse realizada de forma urgente.
Relembre o caso
Damares expôs um caso de crianças que foram vítmas de tráfico humano e abuso sexual em uma Assembleia de Deus em Goiânia. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão deu 3 dias para que a ex-ministra e senadora apresentasse provas que comprovassem o caso.
Em análise realizada pelo Estadão, mais de 2 mil páginas de documentos não mencionam nada a respeito das denúncias feitas pela senadora.
Um abaixo-assinado foi feito online por conta das declarações feitas por Damares. Segundo a organização do abaixo-assinado, ambos são “fatos gravíssimos que merecem cassação imediata”, mesmo antes de a senadora eleita tomar posse.
Petição online no site Change.org pede cassação de Damares Alves - Reprodução
Damares, durante fala na Assembleia, disse: "Eu vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral".
UOL
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