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LIVRO SOBRE VIDA E MORTE DE VALDETÁRIO CARNEIRO GANHA VERSÃO DIGITAL


Nascida como uma monografia de conclusão de curso, “Valdetário Carneiro: A essência da bala” virou um livro-reportagem em 2013 e rapidamente sumiu das prateleiras. Agora, nove anos depois, a obra escrita pelos jornalistas Paulo Nascimento e Rafael Barbosa ganhou uma versão digital, e está novamente à disposição de quem deseja ler um trabalho bem apurado sobre a trajetória de vida e morte de um dos personagens mais interessantes da crônica policial potiguar. O e-book traz algumas novidades, como nova capa e prefácio, mas mantém a essência de seu conteúdo explosivo – e que em breve será filme.

“Fizemos uma revisão geral e incluímos algumas alterações em expressões datadas que não usamos mais hoje em dia, mas nada substancial, só alguns detalhes. De novidade, tem o prefácio de Xico Sá e um epílogo que incluímos. O miolo permanece”, explica Paulo Nascimento. O epílogo traz desdobramentos relacionados a Valdetário, à família Carneiro, e à própria publicação do livro.

Além do prefácio do jornalista e escritor pernambucano Xico Sá, a versão eletrônica do livro, lançada nesta semana, conta com uma capa desenhada por Shiko, renomado ilustrador paraibano. O e-book custa R$ 24,99 e pode ser adquirido no site da Amazon. Em apenas três dias disponibilizado para venda, o livro já estava entre os 11 mais vendidos do site.

Lançado pela extinta editora Tribo, em 2013, "Valdetário Carneiro: A essência da bala" vendeu toda a sua tiragem de duas mil cópias em pouco menos de um ano. Hoje o livro é uma raridade encontrada esporadicamente em alguns sebos. “Na Estante Virtual, por exemplo, só encontramos cópias de 100 reais pra cima”, diz o jornalista.

Segundo Paulo, o esgotamento rápido da obra motivou o projeto de voltar com uma versão eletrônica do livro. Desde que acabaram os últimos exemplares da primeira publicação, os autores foram procurados por diversas pessoas interessadas em adquirir o título, mas não o encontravam. A nova edição chega para suprir também essa lacuna. O jornalista ressalta que até o momento não há planos de uma versão impressa da nova edição, até que apareça uma editora disposta a bancar.

Valdetário nas telas

Não é mera força de expressão dizer que a história de Valdetário parece “coisa de cinema”. O livro de Paulo e Rafael inspirou uma produção audiovisual que logo chegará às telas. Paulo conta que a proposta veio da amiga e cineasta Tereza Duarte, que há tempos pensava em um documentário sobre o famoso assaltante de bancos. “Em 2019 ela jogou a ideia pra gente, e nós topamos porque já era algo que também rondava nossa cabeça. Aí ela começou a correr atrás”, diz.

Primeiro, a diretora conseguiu recursos via edital da Fundação José Augusto para fazer um curta, mas depois veio um do Sebrae que permitiu transformar o material em um longa-metragem. Paulo conta que a equipe foi até Caraúbas para gravar material, inclusive no lugar onde Valdetário foi morto, na zona rural de Lucrêcia. Terá depoimentos da família, filhos, e alguns personagens da época. “A pandemia atrasou a execução, já devia estar pronto, mas estamos trabalhando pra soltar o quanto antes”, afirma.

Cangaceiro moderno

O nome de Valdetário Carneiro despontou de cara entre as pesquisas que os então estudantes de jornalismo Rafael e Paulo faziam sobre brigas de famílias do oeste potiguar. A dupla viu que tinha uma tremenda história a ser destrinchada. Os jornalistas entrevistaram mais de 20 pessoas durante o processo de apuração do trabalho – incluindo aquelas que pediram anonimato. Os feitos criminosos espetaculosos deram a Valdetário Carneiro o estigma de mito.

Antes de entrar no crime, Valdetário era um mecânico que gostava de artes, teatro, e cultuava o cangaceiro Lampião. Ao ser condenado a sete anos de prisão – por um crime que não cometeu, segundo ele -, o homem mudou e nunca mais foi o mesmo.

Segundo a polícia, Valdetário comandou cerca de 100 ataques a bancos entre o final dos anos 90 e começo dos 2000. No RN, a quadrilha agia principalmente entre Caraúbas, Apodi, Macau e Umarizal. A imprensa chamou de o “novo cangaço”. Após uma de suas ações mais violentas em Macau, em 2002, ele foi perseguido até ser morto a tiros no dia 10 de dezembro de 2003, devido a uma denúncia anônima.

Serviço:

“Valdetário Carneiro: A essência da bala”, por Rafael Barbosa e Paulo Nascimento

E-book no site da Amazon, a R$24,99.

Tribuna do Norte

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