Pular para o conteúdo principal

ORÇAMENTO SECRETO: CONGRESSO OFICIALIZA O "TOMA LÁ, DÁ CÁ"

 




O Congresso Nacional aproveitou a exigência da transparência nas emendas de relator como uma desculpa para promover a institucionalização deste dispositivo, à revelia do que realmente decidiu o Supremo Tribunal Federal. A Câmara aprovou, por 268 votos a 31, projeto de resolução do Congresso Nacional que admite a distribuição desproporcional, sem seguir a exigência constitucional de equitatividade, previstas para as emendas individuais e de bancada. Assim, a maioria da Casa reafirmou a intenção de continuar usando o instrumento para barganha política, como o Estadão tem demonstrado ao longo do ano.

O projeto também foi aprovado no Senado. O Legislativo não esperou a decisão de mérito do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade das emendas de relator-geral do orçamento. O plenário do Supremo por 8 votos a 2, determinou a suspensão da execução dessas emendas temporariamente e mandou o Congresso dar ampla publicidade às emendas já distribuídas. Ao aprovar a proposta de resolução, o Congresso faz apenas uma parte do que o Supremo determinou: prever a transparência daqui para a frente. Mesmo assim, há brechas para que o toma lá, dá cá siga oculto.

O texto permite que, na hora de registrar o autor do pedido de repasse, o relator-geral (cargo revezado entre Câmara e Senado anualmente) informe o nome de agentes públicos e até entidades da sociedade civil. Assim, um prefeito pode ter uma demanda atendida sem que se registre o nome do seu patrono, o parlamentar que lhe indicou o recurso. Esse risco é reconhecido por parlamentares que são contra o instrumento.

Com isso, deputados e senadores não podem ser acusados de se venderem para o governo. Afinal, por esse modelo ninguém sabe quem recebeu recursos para votar como deseja o Palácio do Planalto. Além disso, se esse dinheiro for usado em alguma obra ou compra em que houve corrupção ninguém saberá que foi que destinou a verba.

No quesito transparência, porém, o Ato Conjunto do Congresso, assinado na última quinta-feira, 25, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), é considerado mais grave. Trata-se de um recado claro ao Supremo: o Congresso não vai cumprir a decisão judicial que determinou a divulgação dos nomes dos beneficiados com as emendas de relator-geral até agora. A narrativa da cúpula do Congresso de que não é possível atender a essa decisão não caiu bem na Suprema Corte e pode diluir o lado positivo da aprovação da resolução. Foi alegada a "inexistência de documentos que registrem essas solicitações".

No Supremo, a avaliação é que é possível conciliar a autonomia do poder Legislativo com os princípios da administração pública. Há alguma chance de sensibilização da maioria sobre a importância da liberação dos recursos. Mas, nos bastidores do Supremo, é dado como certo que a ministra Rosa Weber não dará o braço a torcer na exigência de ampla publicidade - afinal, não existe meia transparência.

O ponto considerado principal, porém, é o entendimento que a atual Legislatura atropela o que definiu em 2019, quando aprovou Emenda Constitucional que prevê a impositividade das emendas individuais, sob argumento de impedir o toma lá dá cá. "Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria".

Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FOTOS DE FILHA DE RENATO GAÚCHO NUA VAZAM NAS REDES SOCIAIS.

Vazou uma suposta foto nua de Carol Portaluppi na internet na madrugada desta segunda-feira (09). A filha de Renato Gaúcho aparece completamente nua no clique, que seria de setembro.  Na foto, Carol Portaluppi exibe os pontos da cirurgia que fez para colocar silicone nos seios, há três meses. Portaluppi está segurando apenas uma caneca no clique, que está circulando pelas redes sociais. A filha de Renato Gaúcho colocou silicone nos seios em setembro e ficou um mês sem malhar para se recuperar totalmente após a cirurgia.  Na época, Portaluppi falou sobre sua cirurgia. ‘Era algo que estava me incomodando. Esperei o momento certo e fiz a cirurgia. Ficou bem natural’, disse. As imagens que estão circulando na web estariam armazenadas em um aparelho celular a moça, que teria sido roubado. As informações de bastidores é de que a jovem está bastante abalada com a divulgação da imagem. As imagens já estão disponíveis em milhares de sites nacionais. Confira   AQUI...

UNIVERSIDADES SEM EMENDAS

Foto/STF O ministro Flávio Dino, do STF, determinou, ontem, a imediata suspensão de emendas parlamentares para universidades estaduais e suas respectivas fundações de apoio em oito estados. A liminar do ministro vale para as instituições do Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Sergipe.   A decisão foi tomada após os estados não enviarem ao Supremo manifestação sobre a determinação de Dino para que sejam criadas normas e orientações sobre a aplicação e prestação de contas referentes às emendas que são destinadas às instituições. A exigência consta em uma decisão assinada no dia 12 de janeiro deste ano.

USUÁRIOS ESTÃO SENDO BANIDOS DO WHATSAPP: SAIBA O QUE ESTÁ ACONTECENDO

Usuários do WhatsApp têm relatado banimentos repentinos e sem justificativa clara nas últimas semanas. Os relatos se espalharam pelas redes sociais e apontam que o aplicativo está desativando contas automaticamente, sob a alegação de “violação dos termos de uso”, mas sem indicar qual regra teria sido descumprida. A notícia é do Metrópoles. O problema afeta tanto contas pessoais quanto comerciais, prejudicando especialmente pequenos empreendedores, autônomos e criadores de conteúdo que utilizam a plataforma como canal principal de comunicação com seus públicos. Banimentos ocorrem mesmo sem uso irregular Muitos dos relatos negam o uso de práticas consideradas irregulares, como envio de spam, mensagens em massa ou o uso de aplicativos não autorizados. Essas são, em geral, as principais causas de punições dentro do WhatsApp. “Minha conta foi banida por 4 dias sem resposta, apesar de vários pedidos de suporte e acompanhamentos por e-mail e Twitter”, relatou um usuário na rede X (antigo Twit...