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INSS: MENÇÕES ÀS DENÚNCIAS DE FRAUDES SUPERAM CRISE DO PIX E OPOSIÇÃO DOMINA DEBATE COM NIKOLAS FERREIRA

O prédio do INSS em Brasília — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O número de menções à crise do INSS e temas relacionados ao assunto já superaram a repercussão nas redes sociais da crise do Pix enfrentada pelo governo em janeiro deste ano, aponta levantamento feito pela consultoria Bites a pedido do GLOBO. Os dados mostram que o debate vem sendo amplamente dominado pela oposição, com o tema sendo liderado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Desde o dia 23 abril, quando o asssunto veio a público após operação da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), foram publicados 4 milhões de menções às denúncias de fraude do INSS, à queda do ministro Carlos Lupi ou a termos relacionados. Esse volume já é maior do que as 2,7 milhões de menções ao Pix nos 15 dias em janeiro em que o tema se tornou uma crise para o governo.

O levantamento aponta que vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira nesta terça levou a um novo pico de interações sobre o assunto nas redes, alcançando 4,8 milhões de interações e 97,3 milhões de visualizações no Instagram em menos de 24 horas. Como comparação, o vídeo publicado pelo parlamentar em janeiro sobre a crise do Pix acumulou 331 milhões de visualizações e 9,8 milhões de interações, alcançados depois de dias de engajamento.

O vídeo impulsionou as menções sobre o tema e se igualou ao volume observado no dia 24 de abril, logo após a operação policial.

Do outro lado, o governo tem um desempenho mais baixo. O levantamento também considerou as publicações entre os deputados, dos quais 271 já mencionaram as investigações.

Os 67 deputados do PL que falaram do tema geraram 13,7 milhões de interações. Os 55 do PT que tentam ecoar o discurso de que a responsabilidade sobre a crise não é da atual gestão geraram 577 mil interações. Mesmo somando com 9 do PSOL, eles vão a 908 mil interações.

“Isso tudo indica que a batalha faz o governo sangrar”, finaliza o relatório.

Disputa de narrativas

Operação deflagrada no último mês pela PF e CGU, mirou o esquema que supostamente desviava recursos de beneficiários entre 2019, durante o governo Bolsonaro (até 2022), e 2024, já no governo Lula. Foram descontados R$ 6,3 bilhões neste período, mas o governo ainda calcula o quanto disso aconteceu sem autorização de aposentados e pensionistas.

Em dados fornecidos pela CGU que mostram a evolução dos descontos, no entanto, o órgão indica que os casos foram iniciados em 2016:


De um lado, o presidente Lula deu aval nesta terça-feira a um plano de reação à crise do INSS para ressarcir os afetados pelos descontos indevidos. Desde a operação no mês passado, o discurso sustentado pelo governo é de que o esquema foi iniciado durante a presidência de Bolsonaro e coibido pelas autoridades apenas na gestão atual.

A oposição acusa o governo Lula de não ter tomado medidas para investigar o esquema de descontos, após o Ministério da Previdência ter sido alertado sobre os descontos em 2023 e levar um ano para tomar medidas contra as fraudes.

— É claro, vão espalhar a narrativa de que tudo começou no governo anterior. E já percebeu que no governo passado, tudo era culpa só do presidente? E nesse governo, nada é culpa do presidente? — comentou Nikolas em vídeo publicado nesta terça, que já tem quase 90 milhões de visualizações no Instagram.

A alegação foi rebatida pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em publicação nas redes nesta quarta. Sem citar o parlamentar nominalmente, a ministra reiterou o discurso de que os casos foram iniciados na gestão Bolsonaro.

"Foi no governo Bolsonaro que quadrilhas criaram entidades-fantasmas para roubar os aposentados, sem que nada fosse feito para investigá-las ou coibir sua ação no INSS. A maior parte das associações investigadas passou a atuar no governo Bolsonaro", escreveu em publicação no X.

O Globo

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