De Eliane Lobato e Helena Borges, Istoé Independente: Os casos de corrupção que vieram à tona nos últimos anos no País invariavelmente trouxeram consigo uma mulher como personagem secundária. Uma espécie de primeira-dama do escândalo, como costuma se ouvir nos corredores da Polícia Federal. Em geral essas mulheres acabam encenando um enredo que guarda muita coisa em comum. Até que as falcatruas perpetradas por seus companheiros sejam reveladas, elas são habitues de colunas sociais, freqüentam ambientes sofisticados e badalam com figurinos de grifes milionárias. Um tipo de comportamento que quando chega ao noticiário ajuda a provocar a indignação dos contribuintes lesados. Quando o esquema é descoberto, costumam mergulhar no silêncio e saem de circuito. A “primeira-dama” do momento é a jornalista Cláudia Cruz, 48 anos, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acusado de manter na Suíça contas onde teria recebido cerca de US$ 5 milhões em propinas do Petrolão. Junto com a descober...