A recente votação na Câmara dos Deputados sobre o orçamento secreto revelou contradições entre discurso e prática de alguns parlamentares. Conhecidos por suas críticas ao mecanismo, os deputados federais por São Paulo, Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL), tiveram posturas que favoreceram a manutenção do instrumento.
Tabata Amaral, que anteriormente denunciou o orçamento secreto como um canal para corrupção, votou a favor do Projeto de Resolução 1/25, que mantém a falta de transparência na indicação de recursos públicos. Em junho de 2023, ela afirmou: “Sabemos que uma boa parte desse dinheiro vai ser escoada para a corrupção.” Ao ser questionada sobre sua recente posição, a deputada reconheceu que a resolução aprovada não é ideal, mas acredita que avança em termos de transparência. Ela reafirmou seu compromisso de buscar mais clareza na aplicação dessas emendas.
Guilherme Boulos, por sua vez, não registrou voto na sessão. Sua assessoria justificou a ausência alegando problemas de conexão à internet enquanto ele participava de uma agenda na periferia de Guarulhos. Apesar de não votar, Boulos registrou presença na sessão, evitando descontos em seu salário. Posteriormente, enviou uma carta ao presidente do Congresso justificando sua ausência e declarando que teria votado contra o projeto.
Essas atitudes geraram questionamentos sobre a coerência entre o posicionamento público dos deputados e suas ações no plenário, especialmente em relação a um tema tão sensível quanto o orçamento secreto.
UOL
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