Desde o retorno de Lula à Presidência em 2023, o Bolsa Família, que soma quase 54 milhões de beneficiários, vem passando por mudanças e cortes de beneficiários e ainda enfrenta desafios para alcançar quem precisa. Mais de 1,3 milhão de famílias foram retiradas do programa após a implementação de novos critérios. Desse total, 980 mil são famílias unipessoais – aquelas compostas por apenas uma pessoa.
De acordo com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), a redução não se deve apenas à fiscalização mais rígida, mas também ao critério de renda estabelecido para famílias unipessoais, fixado em R$ 218.
Em 2023, quando o novo Bolsa Família foi lançado, o programa contava com 4,9 milhões de famílias unipessoais contempladas. Esse número caiu para 3,9 milhões em fevereiro deste ano.
Em cada município, no máximo 16% dos beneficiários podem ser famílias unipessoais, segundo os critérios do programa. A Agência Pública apurou que 6,1 milhões de famílias unipessoais estavam inscritas no Cadastro Único até fevereiro, incluindo pessoas em situação de rua e moradores de instituições de longa permanência, enquanto 3,9 milhões receberam o Bolsa Família. Segundo o MDS, parte dessas 2,2 milhões de famílias pode ter sido excluída devido ao limite municipal, mesmo que atendessem aos critérios para concessão do benefício.
Agência Pública
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