Por Tales Vale
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, no último sábado (15), de um evento que celebrou os 40 anos do fim da ditadura militar brasileira. Um dos homenageados foi José Sarney, que tomou posse como vice-presidente do Brasil em 15 de março de 1985. Ele acabou se tornando presidente após a morte de Tancredo Neves, que já estava hospitalizado na posse.
Tancredo e Sarney foram eleitos de forma indireta por um colégio eleitoral em 1985. Durante seu discurso, Lula destacou que é preciso defender a democracia todos os dias “daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo”.
Entre falácias e narrativas em tempos de polarização, a fala do atual mandatário contradiz seu próprio discurso. Durante as comemorações da Lei de Acesso à Informação (LAI), que completou 11 anos em maio de 2023, Lula disse durante o evento, que "sem transparência não há democracia”.
Em uma crítica ao seu antecessor, ele completou: “Não tentem lutar contra a transparência, pois ela vai prevalecer. E não vai esperar 100 anos para isso”.
A postura evidência a controvérsia de Lula. A crítica acompanhada de um discurso enleado de promessa de campanha ficou apenas na propaganda eleitoral de 2022.
A transparência e o acesso à informação, como direito fundamental previsto em nossa Constituição, e um dos pilares da nossa tão jovem Democracia vem sendo desrespeitada pelo petista.
Até aqui, as irregularidades e falta de transparência, e a suposta recusa do governo em fornecer informações sobre os gastos e a quantidade de assessores à disposição da primeira-dama Janja da Silva, como também o motivo para uso de sigilo de 100 anos com relação à visita dos filhos do presidente ao Palácio do Planalto e detalhes de quem tem usado o helicóptero presidencial e informações sobre os gastos com alimentação no Palácio da Alvorada, não são nada democráticos. Mas parece que são, apenas para Lula.
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