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A CERVEJA QUE MAIS DÁ RESSACA...

 


Por Lauro Erickson 

Olá, cervejeiros!

Vou logo avisando que o texto de hoje não é sério! Mentira! Talvez, ele seja um pouco, digamos, vagamente inspirado em fatos reais… Com algumas várias licenças poéticas.

Por isso já estou deixando, desde o início, bem claro, que o texto é apenas uma brincadeira, não tem nenhuma pretensão de ser verdadeiro, e, quando se vale de alguma verdade (inconveniente), é apenas para trazer algum contexto engraçado para o que está sendo tratado.

Não existe nenhum critério científico em específico para determinar que uma cerveja dá mais ressaca que outra, senão o próprio teor alcoólico. Obviamente, isso será deveras influenciado pela quantidade que você está planejando ingerir.

De modo bem prático, toda e qualquer cerveja dá ressaca, da mesma forma, que se você beber pouco, muito pouco, por exemplo, literalmente, só uma, não haverá ressaca. É um critério puramente matemático.

Daí se depreende que o texto de hoje não é sério. Claro, será escrito em um tom jocoso e lúdico. Não serve, portanto, como um guia prático para não ter ressaca. Todo mundo já teve uma ressaca grande, alguns podem estar tendo nesse momento, e muitas outras ressacas ainda virão!

Vamos ver qual a cerveja que te deixa mais quebrado que arroz de segunda depois que se ultrapassa a vigésima latinha na mesma noite???

Skol

A Skol quando não era puro malte dava mais ressaca! Agora que inventaram de entrar na modinha do marketing das puro maltes, está dando bem menos. Simplesmente porque está mais doce e sem graça.

Já foi uma grande rainha de espetáculos cervejeiros duvidosos, calouradas desenfreadas e demais festas épicas de proporções cervejísticas que ninguém estava sequer planejando sobreviver ao dia seguinte.

Nos tempos áureos, a ressaca era mediana, para alta, hoje em dia decaiu e ninguém nem lembra mais da ressaca dela.

Nível de ressaca: médio!

Heineken

Claro que vão dizer: é amarga demais. E daí?! Não está querendo ter ressaca?

Aí vai dizer que não vai beber porque “é amarga demais”?

Desculpa esfarrapada de quem não está preparado para enfrentar a ressaca homérica que ela é capaz de causar.

O estrago costuma ser grande, e isso não tem correlação nenhuma com o amargor. Talvez porque ela é um pouco melhorzinha que as demais que são “xixi de rato”, então se aproveita para se beber um pouco mais. Ou seja, quanto mais se bebe, mais ressaca se tem: fato!

Sua potência e predileção por quem não tem medo de amargor e tampouco vai colocá-la em um Copo Stanley, fazem com que sua ressaca seja uma verdadeira temeridade cervejeira.

Nível de ressaca: alto!

Tiger

É uma cerveja tão aguada, tão aguada, que me lembra os tempos de inocência que diziam que colocavam “água no chope” para fazê-lo render (o que é um absurdo sem tamanho, não tem como colocar água em um barril de chope…).  Ás vezes, pergunto-me se a Tiger não deveria ser considerada água com gás… dada a sua total falta de gosto e sabor.

Tirando pelas suas principais características, pode beber à vontade. Ela é uma cerveja totalmente incapaz de causar ressaca a alguém. Aliás, se você estiver bebendo alguma outra cerveja, uma Heineken, Skol, Brahma, qualquer uma outra, pode até usar a Tiger para hidratar! Talvez essa seja sua serventia oculta!

É uma cerveja inofensiva, sem gosto ou sabor, ou seja, é água com gás. Não tem como causar ressaca em ninguém, pode beber litros e mais litros que no outro dia acorda zerado, viu!

Confia!

Nível de ressaca: baixíssimo!

Brahma (normal e Duplo Malte)

Se for a verdadeira e mitológica Brahma de Agudos (leia mais sobre ela AQUI), pode ter certeza que ressaca alguma se abaterá sobre você. Esse líquido sagrado feito pelos monges ébrios da AmBev é um néctar feito com a água mais pura do aquífero Guarani justamente para prevenir os efeitos indesejados da ressaca.

Risco zero de ressaca.

Todavia, se for alguma Brahma de procedência diversa… prepare-se para sofrer as piores dores de cabeça possíveis e imagináveis para o ser humano cervejeiro. A ressaca da Brahma “normal” é avassaladora.

Se for a nova versão “Duplo Malte” (ou seria “dupla fraude”?) se prepare para ter uma ressaca duplicada. Apesar de o nome duplo malte não dizer muita coisa (não sabemos se são dois tipos de malte usados, se são duas vezes mais quantidades de malte…), a única certeza que acompanha o “duplo” é a potencialização da ressaca.

Não adianta intercalar com aquele petisco maroto de tira-gosto, a ressaca da Brahma é implacável e já castigou todos os “botequeiros” algum dia de suas vidas.

Nível de ressaca: alto!

Antárctica (normal e Sub-Zero)

A Antárctica fez sua fama entre os mais velhos, entre aqueles mais resistentes às ressacas demolidoras, contudo, a verdade é que ela nunca foi essa máquina “ressacadora” de moer gente. Sua ressaca sempre foi “tranquila” por assim dizer. Como quase tudo no universo cervejeiro, parece ter sido mais fama e nome do que, e fato, dores de cabeça e náuseas no dia seguinte. Sempre foi cerveja de boomer.

Assim como a Skol, quando fazia mais sucesso, a Antárctica dava a impressão de que sua ressaca era mais forte (ou, mais forte do que realmente era). Algo provavelmente ocasionado pela noção de que era mais consumida, e assim, os litros e mais litros se acumulavam e se tornavam dores de cabeças incontornáveis no dia seguinte.

Porém, de fato, ela nunca foi tão potente em sua capacidade efetiva de provocar aquela “velha e boa” ressaca devastadora. Claro que não se comparava a uma Tiger da vida, ela nunca foi assim tão aguada, e nem possuía um teor alcoólico tão baixo. Mas a verdade era que quem a bebia e eventualmente tinha alguma ressaca, sobrestimava seu poderio.

Derradeiramente, uma cerveja das mais populares, principalmente em eras mais remotas, que tinha a fama de causar belas ressacas. Todavia, seu ostracismo atual revela que sua ressaca nunca foi assim tão forte ou acachapante.

Nível de ressaca: médio!

Bavária

A famosa cerveja dos amigos! Quem viveu na década de 90 deve relembrar esse grande clássico das cervejas ruins. Apesar de sempre rejeitada pelo paladar nacional, ainda que com muito marketing envolvido, a Bavária não era das piores em termos de ressaca.


A Bavária também sempre teve a fama de ser uma cerveja aguada e sem graça, algo que já serviria de um bom indicativo que sua ressaca não deveria ser assim tão monstruosa. Apesar de não ser uma das piores, a Bavária também não se equipara à água com gás nomeada de Tiger.

Digamos que ela possui alguma capacidade de promover ressacas, mais de cunho moral do que fisiológico. Por ser uma cerveja mais barata do que a média, ela sempre foi execrada nos churrascos da vida, a ponto de algum espertinho sempre a levar, e por sua lata também ser verde, acabar confundindo e bebendo Heineken… (como se fosse Bavária). A vida tem dessas espertezas, não é?

Por mais barata e sem graça que seja, a Bavária é capaz de proporcionar alguns momentos de dor e sofrimento com suas ressacas.

Nível de ressaca: médio!

Glacial

Chegamos ao fim de mais uma jornada, mais uma coluna está prestes a se encerrar. Portanto, guardamos o ápice para o final. A cerveja campeã, aquela que é sempre mencionada como a mais destruidora, a pior em termos de aniquilação de ressaca de todos os tempos. Aquela que não deixa nenhum ser humano ser capaz de pensar sem doer a cabeça depois que ela é ingerida.

Claro que estamos falando da Glacial. A cerveja número 1 em termos de efeitos de ressaca de todo o mundo. É possível que até mesmo uma gota dela já seja capaz de deixar alguém mais fraco de ressaca. Uma caixa dela é ressaca braba na certa. Mais do que isso, capaz de ela ser letal! Não me responsabilizo por quem tentar beber mais de uma caixa de Glacial e não sobreviver ao evento cervejeiro…

A Glacial realmente é o que há de mais primoroso na arte da ressaca. Capaz de dar dores de cabeça excruciantes, diarreias que derretem o ser humano, dores por todas as regiões do corpo. A sensação da ressaca que ela provoca é de realmente ter passado por dentro de um moedor de carne.  É difícil demais sobreviver a uma ressaca de Glacial, até hoje, poucos guerreiros conseguiram chegar a duas caixas desse líquido lancinante.

Ela é um dos poucos casos que a fama precede o produto e isso se justifica na prática. Não há como escapar de uma ressaca de Glacial, por mais água que seja ingerida, entre uma latinha amaldiçoada e outra, a ressaca é certa, tal qual boleto de luz no final do mês! E não há forma de conviver com sua ressaca, os efeitos são sempre demasiadamente fortes e devastadores.

Certamente, a Glacial é a campeã, a cerveja capaz de derrubar qualquer um. Ela é dona da ressaca que dura mais do que um dia, nos casos mais graves, chega a durar uma semana, ininterruptamente, dada a sua potência para destruir fisiologicamente o ser humano.

Nível de ressaca: EXTREMO!

Saideira

Acredito já ter dito ao menos umas duas ou três vezes no decorrer do texto (talvez mais…), que a coluna de hoje não deve ser levada a sério! A escrevi apenas com o intuito de trazer um conteúdo mais leve e lúdico, sem maiores pretensões!

Óbvio que todas as cervejas mencionadas causam ressaca, algumas mais e outras menos, em virtude do seu teor alcoólico, e principalmente, pela pré-disposição particular de cada um que está a bebê-la. Ou seja, alguns dos elementos que ocasionam uma maior ou uma menor ressaca são idiossincráticos, jamais poderiam ser definidos ou conceituados no texto.

Por causa de todos esses elementos, o texto de hoje serviu apenas para divertir. Para brincar com algumas lendas cervejeiras de que algumas cervejas populares causam mais ressaca, algo que a fama delas próprias já espalhou mundo afora. O que não significa que, de fato, na realidade, elas causem maiores ou menores estragos em termos de ressaca.

De toda forma, fica o convite, quem arrisca testar cada uma delas e medir a ressaca?

Agora é só preparar o copão de água gelada e o caldinho de feijão para curar a maldita ressaca!

Recomendação Musical

Existe um sem-número de músicas que falam da maldita ressaca!

Uma das minhas preferidas se chama Hangover traduzida literalmente como “ressaca”, do rapper Taio Cruz.

Seu refrão meloso e fácil de decorar só não é pior que uma ressaca!

Saúde!

*Lauro Erickson é um cervejeiro fiel, opositor ferrenho de Mammon (מָמוֹן) - o "deus mercado" -, e que só gosta de beber cerveja boa, a preços justos, sempre fazendo análise sensorial do que degusta. Doutor (com doutorado) pela UFRN, mas, que, para pagar as contas das cervejas, a divisão social do trabalho obriga a ser: Oficial de Justiça Avaliador Federal e Professor Universitário.

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