Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, defendem que a Venezuela realize eleições presidenciais livres em 2024 para que as sanções econômicas impostas ao país sejam suspensas. O posicionamento foi divulgado após reunião entre a vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, e um dos líderes da oposição venezuelana, Gerardo Blyde.
O encontro teve ainda a presença de Gustavo Petro, presidente da Colômbia; Alberto Fernández, da Argentina, e do Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell Fontelles, que junto com Lula e Macron atuaram como mediadores.
A reunião se estendeu por mais de duas horas, e as partes foram incentivadas a construir uma agenda estratégica com vistas às eleições que ocorrerão em 2024. Além disso, foi enfatizada a importância de encontrar soluções políticas que garantam a vigência da democracia e o respeito aos direitos humanos na Venezuela. Dessa forma, foi instado a respeitar a soberania do povo venezuelano para promover o diálogo político.
Nesta terça-feira (18) foi divulgado comunicado que no qual os participantes dessa rodada de negociações pedem que:
- A Venezuela deve realizar eleições presidenciais livres em 2024, com a inclusão de missões de observadores internacionais para acompanhar o processo.
- As sanções impostas à Venezuela serão suspensas se o país realizar eleições realmente livres e justas.
A reunião de segunda ocorreu após a realização, em 11 de novembro de 2022, de uma mesa-redonda sobre as negociações na Venezuela, no contexto do Fórum da Paz de Paris e da Conferência Internacional sobre o processo político na Venezuela.
O encontro para tratar sobre a Venezuela ocorreu nesta segunda-feira (17) em paralelo à III Cúpula de líderes de países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia (UE), em Bruxelas (Bélgica).
Sanções contra a Venezuela
Durante sua fala durante a cúpula nesta terça-feira, a vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, defendeu a eliminação das desigualdades econômicas e sociais e dos bloqueios contra as nações.
Ela instou a construir um plano de ação e uma agenda comum em coordenação entre os dois blocos, Europa e América Latina, para fortalecer o caminho da cooperação, em meio a uma situação agravada pelo bloqueio imposto à Venezuela, entre outras nações, como uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas.
A vice-presidenta venezuelana reiterou a denúncia do impacto que o bloqueio econômico teve na Venezuela, assim como na produção de energia em vários países europeus, uma situação agravada pelos conflitos específicos de cada território.
A Venezuela se prepara para realizar eleições no próximo ano, porém há divergências entre o governo e a oposição. A oposição venezuelana alega que as condições para as eleições são antidemocráticas, com impedimentos do governo em relação a candidatos-chave assumirem cargos públicos, como o caso da ex-deputada Maria Corina Machado.
Com informações da TeleSur
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