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EM DEPOIMENTO, TORRES DIZ QUE IDA À BAHIA NÃO TEVE RELAÇÃO COM AÇÃO DA PRF NAS ELEIÇÕES DE 2022

 


O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (8) que a ida à Bahia poucos dias antes do segundo turno das eleições de 2022, como revelado com exclusividade pela CNN, não teve relação com a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), segundo fontes.

Torres depôs por cerca de duas horas, tendo sido ouvido sobre as blitze feitas pela PRF no dia do segundo turno das eleições de 2022 em locais que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria mais eleitores.

Conforme revela Larissa Rodrigues, da CNN, o ex-ministro negou qualquer tipo de interferência na corporação, explicando que a viagem à Bahia teria ocorrido para participar da inauguração de uma obra na sede da PF do estado.

O comparecimento teria sido um convite do então comandante regional. Fontes também disseram à reportagem que Torres teria levado e mostrado fotos ao depoimento.

Ele não entrou em detalhes sobre uma possível reunião com a PRF à época. Em nota, a defesa do ex-ministro pontuou que ele mantém a “postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no esclarecimento dos fatos”.

Entenda o depoimento

São apuradas supostas blitze em estados e cidades onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais vantagem pelas pesquisas eleitorais e votos do primeiro turno. Na época, Torres era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). No cargo, a PRF e a PF estavam subordinadas a ele.

Torres prestou o depoimento na condição de declarante, ou seja, ele ainda não é investigado formalmente no caso. Foi assegurado e ele o “direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”, segundo Moraes.

O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é relator na Corte das investigações sobre os ataques.

Documentos comprovam viagem à Bahia em voo da FAB e diagnóstico sobre eleições

Conforme revelado por exclusividade por Elijonas Maia, da CNN, documentos comprovam que o então ministro da Justiça Anderson Torres viajou à Bahia em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) seis dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, para tratar das operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

É indicado nos arquivos que o voo saiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no dia 24 de outubro, às 17h30, chegando a Salvador duas horas depois.

A relação nominal mostra que Torres foi acompanhado do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Antônio Lorenzo, do diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, de um assessor especial do gabinete e dois agentes da PF.

O então ministro estava no Rio de Janeiro por conta do episódio em que Roberto Jefferson foi preso e atirou contra policiais federais.

Outro documento obtido pela CNN revela uma reunião no dia 25 de outubro (terça-feira da semana pré-eleição) com o superintendente da PF na Bahia, o delegado Leandro Almada.

A agenda foi solicitada na tarde do dia anterior, conforme despacho de uma assessora. Participaram da reunião, de 11h às 12h, além de Torres e Almada, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, o diretor-geral da Polícia Federal, e os delegados da PF na Bahia Marcelo Werner e Flávio Marcio Albergaria Silva.

Conforme apurou a CNN, nessa reunião, Torres teria pedido apoio da PF nos bloqueios que a Polícia Rodoviária Federal faria no segundo turno das eleições presidenciais.

A conversa foi confirmada à CNN por fontes ligadas à PF e à PRF. A PF na Bahia, no entanto, não participou da ação.

A viagem do então ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) ocorreu depois de ele ter obtido um documento, elaborado pela Diretoria de Inteligência do MJ, mostrando em quais municípios Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos no primeiro turno.

Fonte: CNN

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