Depois de países da Europa, além de China e Estados Unidos, uma possível nova onda de casos de covid-19 começa a se formar no Brasil. Especialistas apontam que a mesma subvariante da ômicron associada à alta recente de infecções no exterior, a BQ.1, pode estar por trás do aumento de testes positivos para a doença no país e é uma "questão de tempo" até que ela também se torne dominante em solo brasileiro.
No último sábado (05/11), a Fiocruz identificou, no Rio de Janeiro, um caso de transmissão local (em pessoa que não saiu do Brasil) da subvariante BQ.1. A subvariante da ômicron também já havia sido encontrada em sequenciamento genético feito no Amazonas, em 20 de outubro. Rio Grande do Sul e São Paulo também já registraram casos. Nesta terça-feira (8), a Secretaria de Estado da Saúde de SP confirmou a primeira morte de uma paciente infectada pela subvariante —segundo a pasta, era uma mulher de 72 anos que tinha comorbidades.
Uma das principais características que diferem a BQ.1 de outras cepas do coronavírus, explica o médico, é uma capacidade maior de escapar da proteção das vacinas. Em outros países que registraram ondas associadas à subvariante, contudo, a alta de infecções não foi acompanhada de um aumento significativo de hospitalizações e mortes —cenário que os especialistas estimam que irá se repetir no Brasil...
"A BQ.1 tem como característica uma transmissão mais efetiva, há um maior risco de se infectar, mas não é uma subvariante que seja perigosa para quem é totalmente vacinado. As vacinas continuam tendo o papel de reduzir o risco de morte por covid, além de casos graves da doença e hospitalizações", afirma Barbosa, que também é professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista)..
Na avaliação de especialistas consultados por VivaBem, o cenário atual não oferece motivo para pânico, pois ainda não se sabe qual é o tamanho ou a gravidade da nova onda. O aumento de casos, contudo, é visto como "motivo de atenção" para idosos e pessoas imunossuprimidas, que correm risco maior de desenvolver complicações devido à covid-19, além de ser um alerta para a necessidade de que a população esteja com as doses de reforço em dia..
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