
A hostilidade do presidenciável Ciro Gomes (PDT) em relação ao PT e a seu candidato ao Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ultrapassou a retórica política e rende cada vez mais consequências práticas. Os dois partidos estão rompendo vitoriosa aliança de 16 anos no Ceará e devem seguir caminhos distintos na disputa pelo governo do estado.
Esse racha beneficia o candidato aliado ao presidente Jair Bolsonaro (PL): o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil).
Com o objetivo de não magoar eleitores ciristas, que podem fazer a diferença na eleição presidencial, principalmente num eventual 2º turno, Lula e os dirigentes do PT evitam ao máximo reagir aos cada vez mais constantes e intensos ataques de Ciro, mas agiram para isolar o pedetista em seu próprio ninho eleitoral, ainda que isso rache a esquerda cearense e torne mais suave o caminho eleitoral da direita.
O cenário eleitoral cearense passa por um terremoto nos últimos dias, com uma crise que afeta até as relações familiares de Ciro. O senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão do candidato à Presidência, advogou até o fim pela manutenção da aliança com o PT no nível estadual.
A ideia de Cid, com apoio do PT, era lançar a atual governadora, Izolda Cela, em campanha à reeleição com o ex-governador Camilo Santana (PT) como candidato ao Senado.
Ciro, porém, conseguiu barrar o nome de Izolda e impor a candidatura do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), conhecido como RC.
Izolda reagiu mal e usou todas as redes sociais na última terça (26/7) para criticar o acerto e anunciar sua desfiliação do PDT.
Metrópoles
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