Uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanha o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de ontem na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. O forte esquema de segurança instalado na praça que abriga milhares de pessoas não conseguiu impedir o ataque, que ocorreu por volta das 18h50 antes de o pré-candidato subir ao palco.
O artefato —feito com uma garrafa PET— provocou forte estrondo e espalhou mau cheiro no local. Ninguém se feriu. Um suspeito —cuja identidade não foi revelada— foi detido, segundo a Polícia Militar. O local onde a bomba caiu foi isolado e o material rapidamente coletado por bombeiros civis. As atividades no palanque, que já haviam sido iniciadas, foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada de Lula.
Ainda de acordo com a PM, três testemunhas acompanharam os agentes na apresentação da ocorrência.
A assessoria de Lula disse, em nota, que se tratava de "dois artifícios de fogos (...) jogados de fora para dentro da área do ato" e negou a existência de fezes nos artefatos. No entanto, a reportagem do UOL verificou no local que se tratava de fezes. Membros da segurança do evento também confirmaram a informação.
A bomba caseira foi lançada por cima das grades de proteção próximo ao lado esquerdo do palco montado na Cinelândia, tradicional ponto de atos políticos da capital fluminense. O artefato foi lançado da rua Evaristo da Veiga, entre a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal.
O esquema interno de segurança montado na praça impedia a entrada de garrafas e submetia todos a revista e detector de metais.
O isolamento da área do palco foi feito com placas de metal. No entanto, a área da escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (à direita do palco) foi ocupada por militantes e apoiadores, munidos de instrumentos musicais e bandeiras de movimentos sociais.
A proximidade da Câmara ao palco permitia que centenas de pessoas que não passaram pela segurança do evento ficassem a poucos metros de quem está no palco. Do lado esquerdo do palco, a Biblioteca Nacional fechou suas escadarias
UOL
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