Segundo a opinião de algumas cabeças coroadas do mundo jurídico natalense, a suposta movimentação que alguns vereadores estariam empreendendo no sentido de criar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), na Câmara Municipal de Natal, para investigar a compra de cestas básicas pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social tem muito mais a característica de uma “chantagem eleitoral” em vésperas de uma eleição, do que de zelo pela coisa pública propriamente dita.
O empenho repentino de somente agora querer investigar uma pasta municipal – faltando pouco mais de dois meses para o pleito de outubro próximo – deixa transparecer de forma cristalina que o instrumento republicano que os parlamentos possuem para trazer à luz da justiça eventuais irregularidades no setor público, estaria, nesse caso, sendo utilizado como ferramenta de coação do poder Executivo.
Então fica no ar uma pergunta: por que, só agora, praticamente na boca da urna, vereadores natalenses incorporaram o espírito de guardiões da transparência?
Não precisa ser um jurista experiente para denotar que, nesse momento, a suposta criação de uma CEI teria apenas o objetivo menor de atacar o prefeito Álvaro Dias (PSDB) e colocá-lo de joelhos diante de interesses pessoais.
Se torna mais óbvio pelo fato de que a Secretaria alvo da CEI tinha como gestor, até recentemente, o delegado Adjuto Dias, hoje pré-candidato a deputado estadual pelo MDB e filho do prefeito.
A CEI, se chegar a existir, já nascerá sob o tempero de Óleo de Peroba.
A sorte é que no Legislativo municipal há personagens que ainda prezam pelo bom senso.
Vale lembrar que o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) tinha como característica tratar vereadores debaixo do pé, como fossem a escória da humanidade.
Mesmo maltratados na gestão de Alves, não se tem notícias de que vereadores tenham orquestrado motins contra o ex-prefeito.
Eram humilhados, e ponto final. Carlos Eduardo não estava “nem ai” para queixumes de vereador.
O prefeito Álvaro Dias paga hoje o preço de ter se tornado o maior líder político e eleitor de Natal. Com isso, nesse período de eleição, surgem vivaldinos que querem emparedá-lo em busca de benefícios nas urnas.
Aliás…
Parece que a tal “chantagem eleitoral” está virando moda em Natal.
Repito, é de não se acreditar.
Quanto ao prefeito Álvaro Dias, esse não pode se permitir tornar-se a “Geni” da campanha, aquela que foi feita pra apanhar e que é boa de cuspir.
Já passou da hora de Álvaro Dias, como um bom seridoense de fibra longa que é, aprender também a chutar portas.
Com informações do Blog do FM
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