Em 1562, um grupo de vereadores da Bahia enviou uma carta a Sebastião I, rei de Portugal, relatando um fato grave que estaria se passando na capitania.
Segundo a denúncia, Mem de Sá usou do cargo para se apropriar da escravização de indígenas e do comércio de âmbar. Preocupados, eles pediram ao monarca que nomeasse um novo governador, de preferência um homem “fidalgo”, “virtuoso” e que não fosse “cobiçoso”.
O documento é considerado um dos primeiros registros oficiais de desvios de conduta e enriquecimento ilícito na história do Brasil. Naquela época, a colônia tinha 15 000 habitantes, entre eles os privilegiados servos da Coroa, que já acumulavam verdadeiras fortunas, enquanto índios, escravos e imigrantes — a grande maioria da população — viviam em situação de miséria.
Quatrocentos e sessenta anos depois, fome e corrupção, duas tragédias nacionais, continuam no centro do debate político e, mais uma vez, infelizmente servirão de arma retórica no embate eleitoral.
Do Blogdotv.com
Comentários
Postar um comentário