Pré-candidatos a governador que contam com o apoio do presidente Jair Bolsonaro tentam modular seus discursos na tentativa de atrair eleitores de centro e escapar da alta rejeição ao titular do Palácio do Planalto.
O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo; o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que pretende disputar a reeleição; e o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), em Pernambuco, são exemplos de nomes que apostam em uma dose moderada de alinhamento a Bolsonaro.
Eles não deixam de posar ao lado do presidente, mas têm se distanciado de temas que possam afugentar eleitores menos tolerantes às pautas do nicho bolsonarista.
No caso de Tarcísio, a avaliação de aliados é que colá-lo à imagem de Bolsonaro causará naturalmente ganhos e perdas, já que o presidente é reprovado por 49% dos paulistas, de acordo com a pesquisa Datafolha mais recentes, mas tem 28% de aprovação — patamar que seria suficiente para levar o ex-ministro da Infraestrutura ao segundo turno. Hoje, ele tem entre 10% e 11% das intenções de voto, a depender do cenário.
Assim, a expectativa é que os dois dividam palanque ao longo de toda a campanha, mas que o aspecto “pragmático” de Tarcísio, que tem perfil técnico, seja mantido. É sua formação em engenharia civil no Instituto Militar de Engenharia (IME), por exemplo, que vem em primeiro nas descrições de seu perfil nas redes sociais.
A tática de se mostrar técnico é usada por Tarcísio em declarações. Quando ele comenta o que considera ter sido um “desastre” do governo Dilma Rousseff, costuma dizer que a então presidente errou ao “misturar ideologia com aritmética”.
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O GLOBO
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