A pediatra Julia Ferreira, diretora técnica da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, fez um alerta para os pais e professores. Segundo ela, a nova onda de COVID tem afetado muitas crianças.
“Ainda bem que a doença não tem gerado um quadro mais grave. Mas é preciso cuidar”, disse ela, que defende o retorno das máscaras nas escolas.
Outra situação preocupante é o aumento no número de crianças com Dengue. “Estamos vivendo um caos na pediatria. Dengue, COVID, doenças respiratórias, viroses estão levando muitas crianças aos pronto atendimentos e internações”, afirmou.
Mais de 850 crianças na 1º infância morreram por Covid-19 no Brasil
867 crianças de 0 a 4 anos morreram em decorrência da Covid-19 no Brasil. Isso significa que a cada 1 milhão de crianças no país, 31 morreram pelo novo coronavírus até setembro de 2021. O índice de crianças pequenas é mais alto do que o de outras faixas etárias: 194 crianças de 5 a 9 anos, 273 de 10 a 14, 808 de 15 a 19. As informações são da EPICOVID 19, maior pesquisa epidemiológica sobre a doença feita no Brasil. No total, o estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) investigou mais de 120 mil pessoas de 133 cidades de todos os estados brasileiros.
Segundo Cesar Victora, Professor Emérito de Epidemiologia na UFPel, os impactos da Covid-19 vão além. De acordo com o pesquisador, a pandemia afeta os índices de pobreza, orfandade, subnutrição e utilização de serviços de saúde. Entre eles a vacinação. Durante o período pandêmico, 22,7% das crianças mais pobres deixaram de ser vacinadas. Entre as mais ricas, o índice é de 15%.
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