Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
A pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a Petrobras, com tom elevado de críticas ao reajuste anunciado pela empresa na quinta-feira (10), é tida dentro do governo como uma estratégia para que o general Joaquim Silva e Luna peça para deixar o comando da companhia.
À CNN auxiliares de Bolsonaro disseram, em caráter reservado, que o mandatário do Palácio do Planalto tem feito questão de demonstrar sua insatisfação com a atual gestão da estatal e que, diante do clima beligerante, o melhor seria o próprio Silva e Luna tomar a iniciativa de deixar a presidência da estatal.
Bolsonaro indicou o general para o cargo em fevereiro de 2021, mas só em abril o conselho de administração da companhia aprovou o nome de Silva e Luna, dando aval para que ele assumisse o posto. Ele substituiu Roberto Castello Branco.
Uma eventual saída do general teria de seguir o mesmo roteiro, passando pelo conselho da companhia — onde o governo tem maioria. Uma assembleia geral da Petrobras está marcada para 13 de abril, quando será avaliada pelos acionistas da companhia a indicação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para presidir o conselho de administração da estatal.
A queda de Castello Branco também se deu por causa da insatisfação de Bolsonaro com a condução da política de preços da Petrobras.
O descontentamento de Bolsonaro com Silva e Lina se intensificou com o fato de a Petrobras ter anunciado o aumento nos preços dos combustíveis antes de o Congresso aprovar o projeto que zera tributos federais sobre o diesel até o fim deste ano e determina alíquota única no ICMS de combustíveis.
De acordo com relatos feitos à CNN, o comando da estatal vinha acompanhando as discussões a respeito da proposta e, portanto, sabia do esforço do Planalto para aprovar as medidas com celeridade.
CNN Brasil
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