O PL promove uma convenção nacional neste sábado, 29, em Brasília, para ajustar seus comandos regionais. Os diretórios nos Estados têm cúpulas provisórias, que terminam a gestão no próximo dia 10. Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, incentivou os atuais presidentes a enviarem procurações com representantes para a convenção, sem convocá-los à capital federal. Não está previsto nenhum ato político com Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), também não comparecerá. “A questão do alinhamento já foi resolvida. É uma convenção para ajustes de vencimentos das comissões dos Estados. Não botem chifre em cabeça de cavalo”, afirmou o deputado, ao dizer que tudo vai “muito bem” na relação com Bolsonaro.
Há trocas das direções estaduais que flertam com candidatos ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas estas devem ser feitas em outra etapa.
Dois meses após se filiar ao PL, o presidente Jair Bolsonaro já provoca desconfianças na cúpula do partido. O grupo de Valdemar Costa Neto, ex-deputado que chegou a ser condenado e preso no escândalo do mensalão, suspeita que alguns dos ataques políticos sofridos por integrantes da legenda sejam patrocinados pelo clã de Bolsonaro.
A avaliação é a de que Bolsonaro e aliados tenham interesse em enfraquecer o atual comando para, aos poucos, assumir o controle do PL. Aliados do governo citam, por exemplo, a operação da Polícia Federal contra o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), deflagrada logo após a filiação do presidente, como consequência de uma investigação de 2020. Na ocasião, veio à baila um vídeo do parlamentar manuseando maços de dinheiro vivo.
Por Estadão Conteúdo
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