O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) afirmou que a tentativa de investigar sua atuação no setor privado é uma forma de perseguição.
“Querem dar um recado, e esse recado não é para mim, é para tudo quanto é juiz, procurador e policial. ‘E se você vier atrás de mim por corrupção você vai enfrentar as consequências porque eu vou atrás de você’. É isso que estão querendo fazer”.
A declaração do ex-ministro do governo Bolsonaro ocorreu durante entrevista para o Flow Podcast, na noite dessa segunda-feira, 24.
Segundo ele, a operação Lava Jato “quebrou esse padrão de corrupção de que ninguém [poderoso] vai para cadeia”, disse. “Agora está tendo uma reação política forte porque as pessoas querem a volta do status quo, querem roubar e não querem que aconteça nada.”
“Eu sou o único cara desses daí [pré-candidatos à Presidência] que pode falar ‘eu combati a corrupção’. E estou sofrendo. É pura perseguição porque o cara não tem nada para falar do que eu fiz e fica inventando um monte de maluquice”.
Moro afirmou que a empresa de consultoria Alvarez & Marsal, que fica nos EUA, o contratou para atuar em uma área separada, que não tinha relação nenhuma com a atuação da mesma consultoria no Brasil que envolve a Odebrecht, construtora investigada na Lava Jato e condenada em processo coordenado por Sérgio Moro.
“A empresa tem vários ramos. Um dos ramos, que não é o que eu trabalhava, atuava com recuperação judicial”, afirmou o ex-juiz.
Ele disse que sua atuação profissional ocorreu em consultorias nos EUA enquanto “a empresa no Brasil é nomeada pelo juiz para atuar na recuperação da Odebrecht”.
De acordo com o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, o pagamento dele era feito por CNPJ diferente. “Quem recebeu da Odebrecht, quem prestou serviço para a Odebrecht foi o Lula”.
A citação ao ex-presidente petista, atual líder das pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022, é uma referência às condenações contra Lula nos casos da Lava Jato e que foram decretadas por Moro na primeira instância.
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Com informações do FOLHAPRESS
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