O real brasileiro fechou o mês de outubro como a 3ª moeda mais desvalorizada do mundo, em relação ao dólar. Neste ano, o desempenho só não foi pior do que o kwacha, da Zâmbia, e o dólar do Suriname. O câmbio fechou outubro em R$ 5,74, alta de 42,8% em relação ao começo do ano.
Quando se calcula a depreciação, o país se destaca negativamente: no começo de janeiro R$ 1 comprava US$ 0,24, e agora compra apenas US$ 0,17. Isso representa queda de 30,4%.
Os motivos, segundo economistas, foram vários. No cenário internacional, há a crise decorrente da pandemia de covid-19. Outro fator de instabilidade, é a eleição norte-americana.
Internamente, a incerteza sobre o futuro das contas públicas. As taxas de juros no país estão no piso histórico (2% ao ano). Isso tem afastado os investidores externos, que enxergam muitos riscos e baixo retorno. No ano, os estrangeiros já retiraram R$ 84,58 bilhões da B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo (SP).
Com isso, a desvalorização da moeda frente ao dólar se descola até da cotação de outros países emergentes.
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