O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) concedeu entrevista coletiva à imprensa, nesta sexta-feira (4), na sede das Promotorias de Justiça de Caicó, para dar detalhes da operação Blackout, deflagrada no início da manhã e que descortinou contrato de iluminação pública da Prefeitura local, no valor de R$ 1,1 milhão.
A investigação é um desdobramento da operação Cidade Luz, deflagrada no final do mês passado em Natal que desvendou esquema criminoso em contratos semelhantes realizados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur).
A Operação Blackout foi deflagrada na manhã de hoje, investiga contrato de iluminação pública da Prefeitura de Caicó, no valor de R$ 1.138.970,00 e deu cumprimento a seis mandados de prisão e outros 13 de busca e apreensão.
Segundo o MPRN, pelo que foi apurado, há indícios de superfaturamento e pagamento de propina a agentes públicos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos de Caicó, em contratos firmados para a prestação de serviços de iluminação pública.
“Tem diálogos que mostram que foi pago propina à antiga gestão, em 2016, de R$ 300 mil. Os empresários até se surpreenderam que a propina paga no conluio de empresas era maior até que outros municípios como em Natal”, comentou a promotora de Justiça Uliana Lemos.
O promotor de Justiça Giovanni Rosado, questionado para comparar as duas operações, disse que o esquema é semelhante, o que diferencia é a amplitude, já que o identificado em Natal se refere a contratos desde 2013.
O coordenador do Gaeco, Fausto França, destacou que a investigação deflagrada pelo Ministério Público Estadual, além da defesa do patrimônio público, buscou também a eficiência do uso dos recursos públicos.
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