O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis demonstrou surpresa e irritação com o fato de desembargador Glauber Rêgo, responsável por deferir o afastamento do deputado estadual Ricardo Motta, nos âmbitos das operações Dama de Espadas e Candeeiro, insinuar que o Ministério Público teria vazado os pedidos de busca e apreensão e medidas cautelares de investigação.
“Estamos muito surpresos com essa decisão judicial do desembargador, acaba contribuindo para completa distorção ou não compreensão verdade dos fatos, estranha demais, está colocando MP e PGJ como suspeito de ter vazado informações sigilosas. Há pelo menos seis meses ouvindo o colaborador Gutson, trabalhando a investigando, coletando informações, não houve qualquer vazamento, conduzida no mais absoluto profissionalismo. Depois que ingressamos com os pedidos e denúncias contra Ricardo Motta no TJ essas informações depois de 11 dias que estavam lá, os advogados de defesa demonstraram que tiveram acesso ao material e inviabilizaram algumas das medidas que tínhamos de obter mais provas, a respeito dos crimes cometidos”, explicou o PGJ, Rinaldo Reis.
Ainda segundo o procurador, “tomamos conhecimento que o que tínhamos como sigilosas tinham vazado, fui com dois dos meus assessores conversar com desembargador. Aquilo estava comprovado a partir das petições. Pedi investigação irrestrita. Colocou isso na decisão afastamento, que o deputado tem poder de influenciar, formação provas. Pedi prisão preventiva e afastamento anteriormente. Como agora, o desembargador vem lançar alguma duvida sobre esse vazamento aqui dentro do MP? Como o próprio investigador? Qual seria o interesse do MP de vazar essas informações? Informações recebidas de papel de um emissário, versão estapafúrdia”, afirmou Reis.
O PGJ afirmou que irá pedir a instauração de procedimento investigatório criminal para apurar violação de sigilo funcional de servidor público ou membro indeterminado, em concurso com o Deputado Estadual Ricardo Motta; remessa de cópia dos autos, com representação para apuração do vazamento, para o Conselho Nacional de Justiça, para o Superior Tribunal de Justiça, para o Procurador-Geral da República, bem como para o Presidente e o Corregedor-Geral do Tribunal de Justiça local.
Comentários
Postar um comentário