![Para delegado Fábio Rogério, Delegacia de Homicídios nunca foi prioridade do Governo (Foto: Alberto Leandro/PortalNoar)](http://dw9kw6lfaa11c.cloudfront.net/wp-content/uploads/2015/10/d7638a32ff71402350bdf99cb9e39504-700x466.jpg?8fb5d2)
Do Portal No Ar:
O delegado Fábio Rogério da Silva, titular da Delegacia de Homicídios de Natal (Dehom) fez sérias críticas à administração da segurança do Governo do RN e apontou a falta de estrutura para a investigação de crimes. Durante uma coletiva de imprensa, concedida no prédio da Dehom, na manhã desta terça-feira (13), Fábio Rogério afirmou que o Estado vive uma situação de ‘terrorismo administrativo’. Atualmente a Delegacia de Homicídios de Natal tem uma média de 40 inquéritos abertos por mês. Desse número, apenas 15 conseguem ser solucionados.
Segundo o titular da Dehom, um dos grandes motivos para a dificuldade da resolução dos casos está na falta de estruturação de pessoal. No último sábado (10), por exemplo, dois agentes foram removidos da Dehom, o que, segundo Fábio Rogério, sucateou mais ainda a delegacia. “Isso é o mesmo que enxugar gelo com as próprias mãos. Natal é a quarta cidade mais violenta do mundo e em vez de investir na segurança, acontece justamente o contrário”, disse em tom de indignação.
Inquéritos:
Somente no mês de setembro, 41 homicídios foram registrados no RN. Para a resolução desses crimes, 47 inquéritos foram instaurados e apenas 13 deles foram solucionados. Já os números do ano, de janeiro a outubro, 700 inquéritos foram abertos e menos da metade foram encerrados.
Para atuar nas investigações, a Dehom conta com 5 equipes, composta por 13 agentes, 5 escrivães e 5 delegados. A especializada em homicídios conta ainda com o apoio de quatro delegados e 18 agentes, que trabalham exclusivamente no plantão. Considerada uma das delegacias mais estruturadas, o delegado Fábio Rogério explica que o número de agentes, delegados e escrivães é tão insuficiente quanto às outras especializadas.
“O nosso efetivo é muito pequeno, parte da equipe trabalha no plantão e eles não investigam. Junto a isso, saiu uma portaria que tirou dois agentes do núcleo de investigação. Vivemos no Rio Grande do Norte um terrorismo administrativo. Pensei que isso fosse coisa só do Oriente Médio”, desabafou.
Desrespeito:
O delegado tratou como desrespeito o tratamento dispensado a delegados, escrivães e agentes pela administração da segurança pública do Estado. Principalmente aos que trabalham na Delegacia de Homicídios, que, segundo Fábio Rogério, não é tratada com prioridade. “Com investimento de estrutura e pessoal, temos mais eficiência na resolução do crime e, consequentemente, diminuição dos assassinatos” O delegado ainda mandou um aviso: “Independente da estrutura, não sairei do meu cargo. Só sairei se a Degepol me tirar daqui”.
![DEDÉ AUTO PEÇAS](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-laOA2-aTXWlfdneJjQ2eWwuoB0T51CQMjpDnxSxZe3FpdP3qg1aDHzbWvw0uuZyvkrAPrvWcRDV49Wx0KMwrWAQQV_j2JPSy94aTJgXXvGsl8IxwwHTVMkmSSJpemur2cDc3afnP7-Sd/s400/DEDE1.jpg)
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